Fauna
Álvaro Faleiros
Centro Cultural São Paulo
São Paulo, 2003
Urbe a obra indica
em suas dobras duras
urde o equilíbrio do metal
contrabalança por seus ares de concreto
em quase bichos dinossauros amebas
que passeiam o chão áspero
ecoam os canos visíveis do teto
na flora que o homem
- fauna de estrelas - erige
em torno de si
cumpre-se a promessa do espaço
que refez sentido
não é mais lugar de passagem
sim lugar de passos
de imensos corpos
imersos nos blocos que se apóiam
casa onde há lugar
meus olhos encontram a entranha
arquitetura de mãos e máquina
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